Uma pessoa que tem o recorde de corridas disputadas na F1, 326 largadas, de temporadas ininterruptas na categoria, 19, dois vice-campeonatos,

sendo que um deles com a maior pontuação de um segundo na história, 68 pódios, com 11 vitórias, 658 pontos entre outros tantos feitos deve ser

reverenciado pelo seu país, mas é aí que mora o engano, o texto aqui vai tratar de Rubens Barrichello e lhes ofereço 7 motivos do por que eu amo

odiar este cara.

1 - Desempenho no Brasil

Normalmente os pilotos costumam obter seus melhores resultados correndo em "casa", pois tem familiaridade com o percurso e pela vontade extra que é obter um bom lugar diante de sua torcida. Não é o caso de Rubinho.

Em seus 19 anos de F1 ele foi incapaz de acabar 11 GP's no Brasil, sendo que 9 deles de forma consecutiva (95-03), seu melhor lugar foi um terceiro, com a Ferrari, em 2004. Pior que isso é o fato de Massa, que assumiu seu lugar, venceu no primeiro ano com a equipe italiana em Interlagos.

Além disso, mais de uma vez o vimos descer do carro e tirar a bandeira do Brasil do bolso com aquela cara de "fiz o possível", mas meu carro não aguentou, como quando liderou 23 voltas aqui com um Stewart, mas estourou o motor.

2 - Pé de Chinelo

O "Casseta e Planeta" é um dos programas mais sem graça que já assisti em minha vida, não gostava mesmo de nada que eles faziam, o que agrava minha aversão ao Rubinho que durante anos deu pauta para eles, com seu desempenho. Para zua-lo chegaram a criar um personagem chamado "Pé de Chinelo" e o próprio Barrichello chegou a aparecer no programa tirando sarro dele mesmo.

3 - Azar

Barrichello sempre foi considerado uma pessoa azarada, ia bem em determinadas corridas, mas sempre que tinha chance de conseguir algo a mais pecava em alguma coisa, ou era atrapalhado de alguma forma.

Foi assim que na Stewart fazia um campeonato melhor que seu companheiro, Jhonny Herbert, mas em 99, em Nurburgring, na única prova que a equipe conseguiu ter um ótimo desempenho foi seu companheiro quem chegou à frente e ele em terceiro.

Ainda neste capítulo, passou pela Willians quando esta já não tinha mais um bom carro, mesmo assim deu um show durante toda temporada em seu parceiro, mas quem obteve a pole do GP Brasil? Niko Hulkenberg, companheiro de Rubinho.

4 - Brawn GP

Em 2009 parecia que Rubens não arrumaria carro para a temporada, eis que surge Ross Brawn e resgata o piloto brasileiro e Jenson Button para correr com um carro que era uma incógnita.

O que poucos sabiam é que Brawn havia estudado o regulamento da competição fervorosamente e desenhou um projeto para o monoposto baseado em brechas e que fizeram da equipe a melhor do início da temporada.

Justamente neste período, Barrichello foi inferior a Button que saiu acumulando vitórias nas primeiras corridas e abriu uma boa vantagem, que o permitiu vencer o campeonato no fim do ano. Rubinho foi superior ao inglês na segunda metade do ano, quando seu carro já não era o melhor do grid, pois Mclaren e Red Bull haviam feito melhorias em seus projetos.

Para fechar com "chave de ouro", foi da Brawn dele que saiu uma mola para acertar a cabeça de Felipe Massa em um acidente grave, que não só, tirou o piloto brasileiro do resto da temporada, como o fez nunca mais ser o mesmo.

Foi assim que Rubinho dirigindo "o melhor carro que já teve em suas mãos", segundo ele mesmo, terminou o ano como terceiro no campeonato de pilotos. 

5 - Chororô

Pior do que assistir ao desempenho de Rubinho em determinadas corridas, somente ver e ouvir suas entrevistas pós-provas com milhares de desculpas para justificar o que deu errado e como poderia ter sido melhor caso isso ou aquilo tivesse ocorrido.

O caso é tão grave que em 2008, quando ele se sagrou campeão do desafio de Kart promovido por Massa, deu entrevista reclamando dos toques que Di Grassi e Schumacher haviam dado nele durante a prova. Ao ser questionado sobre o assunto o alemão disparou: "Está aí um cara que não sabe perder e muito menos ganhar"

6 - Sambadinha

Quando ia bem na corrida, Barrichello, estragava no pódio com uma das comemorações mais bizarras de que já tive conhecimento, a famosa "sambadinha" dele só me fazia ficar com aquele sentimento de vergonha alheia. Para quem não lembra aqui tem um vídeo dela: https://www.youtube.com/watch?v=NY_sX1sgVDA

7 - Entregadas

Deixei o melhor, ou pior, dependendo do ponto de vista, para o final, pois nada me deixou mais nervoso com ele do que suas famosas entregadas.

A primeira ocorreu em 2001 na Áustria quando a equipe Ferrari pediu que ele cedesse sua vitória para o seu companheiro, Schumacher, que tinha boa frente sobre seus rivais na competição e que não precisava disso. Todos foram muito criticados.

Apesar das reclamações, aconteceu pior no ano seguinte, quando na mesma prova a marmelada aconteceu de novo. A coisa toda foi tão escandalosa que o alemão cedeu o primeiro lugar do pódio à Rubinho, que também recebeu o troféu de vencedor e ouviu o hino da Alemanha do lugar mais alto da premiação.

Se tiver uma única coisa boa na segunda marmelada foi a memorável narração de Cleber Machado e que deixou famoso o bordão "hoje não! Hoje não! Hoje SIM!". Para quem não lembra vale a pena ver o vídeo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=83Q4ABnNpgg

É por essas e outras que eu amo odiar Rubens Barrichello. E aí, quem mais está comigo?